Depois do meu segundo espectáculo, e primeiro num bar, apercebi-me de algumas coisas:
A primeira das quais é que nem sempre as piadas têm a mesma amplitude para com o público. Neste caso, uma das que mais aplausos ganhou no espectaculo dos Cómicos de Garagem, teve desta vez uma aceitação mais "soft". Não passou despercebida, mas também não conquistou aplausos. Ao contrário, outras que me pareciam inferiores tiveram uma grande resposta. Em suma, o texto teve a evolução que eu esperava, começa devagar, aos poucos vai soltando gargalhadas e explode (ou pelo menos tenta-se no fim).
A segunda, agora já quanto ao público, apercebi-me (e também com a ajuda dos meus colegas: Guilherme Fonseca e Sandro Pires) que há sempre o barulho de fundo de alguém que não quer prestar atenção, há sempre alguém que já tem sangue no alcool em vez de alcool no sangue, há sempre alguém que pode nem estar virado para a brincadeira e levar a mal.
A terceira é que me parece (sendo eu um leigo ainda nestas andanças), que é nos bares que se aprende muita coisa, não só em stand up, como para as artes cénicas em geral. Sobretudo como cativar a atenção do publico que fica mais distraido. Enfim ossos do oficio e que nos fazem crescer também enquanto homens.